O relato da paixão e morte de Jesus na cruz, que se proclama na “Missa de Ramos”, introduzindo-nos na semana central do ano litúrgico, a “Semana Santa”, não é apenas auxiliar da memória, mas forte apelo à nossa participação no Mistério que, especialmente, celebramos neste tempo.Porque a agonia de Jesus se perpetua em cada homem que sofre, a crucifixão continua em todos os seus irmãos bombardeados na Ucrânia, na Síria, na Palestina…, esfomeados no Sudão, no Iémen, no Haiti, em Gaza…, explorados em tantos países incapazes de defender os seus recursos das potências ricas e hegemónicas. E os náufragos do Mediterrâneo? E o cortejo infindável de vítimas de toda as formas de violência? Tudo isto não actualiza a paixão de Jesus Cristo?A esta luz, rezar o Evangelho da Paixão torna-se não apenas a melhor introdução ao Mistério de Amor pleno e universal de Jesus Cristo por toda a humanidade, mas o melhor guião que ajuda cada um a viver mais profundamente esta Semana, que é por natureza a mais Santa. P. Fausto in Diálogo nº. 1861 (Domingo de Ramos na paixão do Senhor – Ano...